Pesquisa realizada por Janaína Feijó, bolsista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, revela que constatou-se que analistas de dados e desenvolvedores de sistemas estão posicionados no topo da pirâmide salarial. No período de 11 anos, os seus rendimentos registaram um crescimento impressionante de 91%. Por outro lado, os indivíduos empregados como professores de artes e música enfrentam uma redução desanimadora de até 45% nos seus salários. Estas estatísticas são apenas alguns dos resultados alarmantes que surgiram da pesquisa.
Após a realização da pesquisa, percebeu-se que existe uma disparidade salarial significativa e preocupante entre profissionais de tecnologia e educadores no Brasil. A renda mensal dos desenvolvedores de sites e multimídia é em média de R$ 6.075, apresentando um notável crescimento de 91% quando ajustado pela inflação ao longo de 11 anos. Por outro lado, os professores de artes e música, juntamente com outros profissionais da educação, experimentam um declínio de 23% a 45% nos seus salários.
O surto da pandemia funcionou como um catalisador para o rápido progresso das mudanças tecnológicas, resultando numa necessidade crescente de profissionais qualificados com experiência em Ciência e a tendência de fusão entre Engenharia e Matemática está se tornando cada vez mais predominante no mercado de trabalho brasileiro. Essa tendência alinha o Brasil com outros países desenvolvidos e em desenvolvimento, onde as profissões de TI permanecem persistentemente entre as ocupações mais bem pagas.
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Segundo Janaína Feijó, a escassez de profissionais com expertise em STEM, aliada à rápida assimilação das tecnologias modernas pela sociedade, persistirá para manter os salários dessas vocações no apogeu. Ela ressalta que atividades de natureza repetitiva e mecânica estão sendo suplantadas por máquinas e soluções inteligentes, o que consequentemente leva a uma necessidade cada vez maior de profissionais inovarem e atuarem nessas áreas.
As ocupações mais lucrativas:
- O salário dos médicos especialistas teve queda de 13%, ficando em R$ 18.475.
- Atuários, estatísticos e matemáticos ganham um salário estimado em R$ 16.568, o que representa metade da renda esperada na área.
- O salário médio dos médicos generalistas diminuiu 37%, ficando agora em R$ 11.022.
- Geólogos e geofísicos terão redução salarial de 20%, o que eleva seu salário total para R$ 10.011.
- O salário médio dos engenheiros mecânicos sofreu uma queda de 7%, resultando em uma nova renda média anual de R$ 9.881.
- A categoria de engenheiros que antes não eram classificados teve uma redução de 11%, resultando em um salário de R$ 9.451.
- Segundo estatísticas recentes, quem atua na área de desenvolvimento de programas e aplicativos ganha em média R$ 9.210, o que representa 39% do faturamento total desse setor.
- Segundo dados recentes, os engenheiros industriais e de produção terão uma redução de 22% no salário, passando a ganhar R$ 8.849.
- Segundo economistas, houve queda de 39% no valor de R$ 8.645.
- O custo atual de contratação de um engenheiro eletricista é estimado em R$ 8.433, o que representa uma redução de 22% em relação às taxas anteriores.
Profissões que têm os salários mais baixos:
- A remuneração dos professores da educação infantil é de R$ 2.285, o que representa um aumento nominal de 3%.
- O salário dos demais educadores é de R$ 2.554, o que representa uma redução de 23%.
- O custo dos demais professores de artes é reduzido em 45%, totalizando R$ 2.629.
- Segundo as últimas estatísticas, a renda de físicos e astrônomos foi recentemente reduzida em 16%, deixando-os com um salário de R$ 3 mil.
- O rendimento médio dos assistentes sociais caiu 7% e hoje está em R$ 3.078.
- Profissionais como bibliotecários e documentaristas já podem receber desconto de 32%, no valor de R$ 3.135.
- Os educadores especializados no ensino de alunos com necessidades especiais ganham em média R$ 3.379, o que representa um aumento de 14% em relação ao salário médio dos demais educadores.
A demanda por profissionais de TI está aumentando, enfatizando a importância de investir em educação e treinamento STEM para garantir um futuro competitivo no mercado de trabalho brasileiro. Apesar disso, alcançar a igualdade salarial entre as diversas profissões continua a ser um desafio que exige políticas públicas eficazes para promover um mercado de trabalho mais justo e inclusivo.