Você certamente já se pegou pensando… “qual é o melhor investimento?”… Essa pergunta parece simples, mas a verdade é que ela não tem uma resposta única.
Não existe o melhor investimento para todos, e sim o melhor investimento para cada pessoa, de acordo com seu perfil, seus objetivos e a sua situação financeira!
Imagine que alguém te pergunta: “o seguinte: alguém te pergunta “Para onde eu deveria viajar nas minhas próximas férias?”
Isso seria complicado, não é? Não se sabe se a pessoa prefere praia ou montanha, se dispõe de um fim de semana ou de um mês inteiro, qual é o orçamento disponível… Com investimentos, a lógica é exatamente a mesma.
Perguntas para descobrir qual o melhor investimento
Então, antes de escolher onde aplicar seu dinheiro, você precisa responder a algumas perguntas fundamentais:
Se precisar do valor a qualquer momento, vai precisar de um investimento com alta liquidez, ou seja, que possa ser resgatado em momento de urgência, sem grandes perdas. Agora, se puder deixar o dinheiro lá por meses ou anos, existem opções mais rentáveis e com menor risco de perda no longo prazo.
Você vai investir R$ 10 mil ou R$ 100 mil? Essa diferença muda completamente o leque de possibilidades. Existem bons investimentos com valores baixos, mas algumas oportunidades exigem aportes maiores.
Você é investidor conservador e não gosta de correr riscos? Ou está disposto a encarar oscilações em busca de uma rentabilidade maior? Saber se você é conservador ou tem perfil moderado ou perfil arrojado é essencial pra fazer escolhas mais alinhadas com a sua tranquilidade e segurança.
Está juntando para formar sua reserva de emergência, para comprar um carro ou para se aposentar no futuro? O seu objetivo será o fator determinante para definir o prazo do investimento – quanto maior o prazo, geralmente maiores são os retornos.
Quais são os tipos de investimentos disponíveis?
Confira, abaixo, todos os investimentos que estão disponíveis no mercado hoje:
Renda Fixa
Veja abaixo as opções de renda fixa
Tesouro Direto
- O que é: Programa do governo federal em parceria com o Tesouro Nacional.
- Como funciona: Compra de títulos públicos, como o Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+. Você empresta dinheiro ao Governo em troca de rentabilidade futura.
- Características: Seguro, com diferentes opções de vencimento e rentabilidade. Tem incidência de imposto de renda.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- O que é: Emissão de dívida de um banco para captar recursos.
- Como funciona: Investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros por isso.
- Características: Variedade de prazos e rendimentos, com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF, em caso de quebra da instituição financeira.
LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
- O que é: Emissão por instituições financeiras para financiar setores específicos: imobiliário e agrícola.
- Como funciona: Investidor empresta para o setor imobiliário (LCI) ou agronegócio (LCA) e recebe juros. Os títulos são emitidos por instituições financeiras.
- Características: Isenção de Imposto de Renda, com garantia do FGC até determinado limite (R$ 250 mil por CPF).
LC (Letra de Câmbio)
- O que é: Emissão de dívida por financeiras para captar recursos.
- Como funciona: Investidor empresta dinheiro à financeira e recebe juros. Vale dizer que, apesar do nome, o título não tem nada a ver com moeda estrangeira. É similar a um CDB ou LCI e LCA, porém emitido por financeira apenas e não por bancos.
- Características: Rendimento atrativo, com garantia do FGC até R$ 250 mil por CPF.
Debêntures
- O que é: Títulos emitidos por empresas para captar recursos.
- Como funciona: Investidor empresta para a empresa e recebe juros por isso.
- Características: Possibilidade de maior retorno, mas com mais risco e sem garantia do FGC. A recomendação é buscar papéis chamados high grade, ou seja, títulos de empresas que tenham histórico de boas pagadoras.
Fundo de Renda Fixa
- O que é: Fundo de investimento que aplica em ativos de renda fixa.
- Como funciona: Gestor administra o fundo, buscando a melhor rentabilidade dentro do perfil de risco.
- Características: Acessível a pequenos investidores, com diversificação automática e gestão profissional.
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)
- O que é: Títulos vinculados a créditos imobiliários ou do agronegócio.
- Como funciona: Investidor empresta para empresas desses setores e recebe juros.
- Características: Isentos de Imposto de Renda, sem garantia do FGC.
Renda Variável
Veja agora as opções da renda variável:
Fundos Imobiliários (FIIs)
Fundos Imobiliários (FIIs) são investimentos coletivos em empreendimentos do setor imobiliário, como shoppings, escritórios, galpões e imóveis residenciais. Ao investir em FIIs, o investidor adquire cotas do fundo e passa a receber rendimentos proporcionais, geralmente vindos da locação ou venda dos imóveis. Esses fundos são negociados na bolsa de valores e permitem acesso ao mercado imobiliário com maior liquidez e diversificação, sendo uma alternativa para quem busca renda passiva e exposição ao setor.
- Tipos de FIIs: Fundos de tijolo (que investem em imóveis físicos), fundos de papel (lastreados em títulos imobiliários) e fundos de fundos (FOFs, que são fundos que investem em outros fundos imobiliários).
- Vantagens: Potencial de renda passiva mensal, isenção de IR sobre dividendos, diversificação, acesso ao mercado imobiliário a partir de baixo investimento.
- Riscos: Risco de vacância, risco de crédito, sensibilidade da classe às taxas de juros.
Ações
Ações são frações do capital de uma empresa que, quando adquiridas, tornam o investidor um acionista, ou seja, um sócio da empresa. Ao comprar ações, o investidor participa dos lucros (ou prejuízos) da empresa, geralmente através da valorização das ações ou do recebimento de dividendos, que são parcelas dos lucros distribuídas aos acionistas. A negociação de ações ocorre em bolsas de valores, como a B3 no Brasil, permitindo que empresas captem recursos e investidores busquem rentabilidade.
- Tipos de Ações: Blue chips (empresas consolidadas), small caps (empresas emergentes), ações setoriais (empresas de um setor específico), ações focadas em dividendos (setores mais consolidados e resilientes).
- Vantagens: Potencial de valorização, dividendos, participação no crescimento de empresas.
- Riscos: Alta volatilidade, riscos setoriais, exposição a fatores econômicos e políticos.
Fundos de Investimento
Os fundos de investimento oferecem uma forma de diversificar a carteira e mitigar riscos, contando com gestão profissional do portfólio, com opções que atendem desde investidores conservadores até os de perfil mais arrojado.
- Tipos de Fundos: Fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos de ações e fundos de criptoativos.
- Vantagens: Diversificação, gestão profissional, possibilidade de acesso a diferentes ativos.
Criptomoedas
Indicadas para investidores que aceitam risco e lidam bem com volatilidade.
- Principais ativos: Bitcoin, Ethereum, Solana, ETFs de criptomoedas.
- Vantagens: Potencial de valorização, descentralização, inovação tecnológica.
- Riscos: Alta volatilidade, risco regulatório, riscos de segurança (fraudes e hacking).
Investimento no exterior
Para além dos investimentos disponíveis no mercado brasileiro, existe uma forma fácil e segura de diversificar investimentos geograficamente, evitando ficar concentrado no risco Brasil. Para investir no exterior, existem hoje plataformas bastante simples de acessar, como a da Avenue e a do BTG Pactual, que garantem a diversificação no exterior sem grandes empecilhos – e tudo em português!
Aqui está a verdade!
Não existe “o melhor investimento”. O que existe é o melhor investimento para você!
Essa escolha depende do seu perfil, da sua capacidade financeira e dos seus objetivos. O que pode ser o melhor caminho para uma pessoa, pode ser inadequado para outra.
Agora, se você está começando e quer uma sugestão segura e acessível, é interessante olhar para o Tesouro Selic. É um investimento público, com rentabilidade diária, boa liquidez e dá para começar com pouco dinheiro. Ele é ideal para reserva de emergência ou para quem quer dar os primeiros passos com segurança.
E enquanto seu dinheiro vai rendendo, você pode ir estudando outros tipos de investimentos — renda fixa, ações, fundos, CDBs — e, aos poucos, montar uma carteira mais completa e personalizada. Se quiser ser ainda mais assertivo, pode contar com o apoio profissional de um assessor de investimentos – clique aqui para falar com um da EQI Investimentos.
O que funciona para o seu amigo, para o seu vizinho pode não funcionar para você. Investir é uma jornada individual. E quanto mais você conhece sobre si mesmo, melhor você investe!